A obesidade infantil e adulta são uma preocupação crescente no Brasil e no mundo, pois o aumento dos casos é alarmante: segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), até 2044, cerca de 75% dos adultos brasileiros estarão com excesso de peso, sendo 48% com obesidade e 27% com sobrepeso.
Isso significa que em menos de 20 anos o Brasil terá aproximadamente 83 milhões de pessoas com obesidade e 47 milhões com sobrepeso. Entre as crianças, a situação também preocupa: dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan) mostram que, em 2024, 16,5% das crianças com menos de cinco anos estavam com excesso de peso ou obesidade, um número muito superior ao registrado nas décadas de 1980 e 1990, quando apenas cerca de 5% da população infantil estava com sobrepeso.
Esses números refletem não apenas mudanças nos hábitos alimentares, mas também o aumento do sedentarismo e o fácil acesso a alimentos ultraprocessados. A obesidade infantil, por exemplo, está associada a problemas como diabetes tipo 2, hipertensão, alterações no colesterol e maior risco de se tornar um adulto obeso, perpetuando o ciclo de doenças crônicas. Na adolescência, surgem ainda outros riscos, como síndrome do ovário policístico, apneia do sono, problemas ortopédicos e impactos negativos na autoestima e saúde mental.
Já na vida adulta, pesquisas publicadas no periódico científico The Lancet apontam que a obesidade pode elevar em até 80% o risco de doenças cardiovasculares, como infarto e AVC. Ainda conforme a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), indivíduos obesos apresentam risco duas vezes maior de desenvolver certos tipos de câncer, como o de mama, cólon e rim.
Diante desse cenário, a prevenção da obesidade se torna fundamental em todas as fases da vida. E, felizmente, pequenas mudanças no dia a dia podem fazer toda a diferença. Primeiramente, é essencial priorizar uma alimentação equilibrada, baseada em alimentos naturais como frutas, verduras, legumes, grãos integrais e proteínas magras. Evitar ao máximo o consumo de ultraprocessados, como refrigerantes, salgadinhos e fast-food, é um passo importante, assim como estabelecer horários regulares para as refeições, o que ajuda a controlar a fome e evitar exageros.
Além disso, a prática regular de atividade física é indispensável. Caminhadas, esportes, natação ou até mesmo brincadeiras ao ar livre são excelentes opções para todas as idades. Reduzir o tempo em frente às telas e incentivar movimentos no dia a dia contribui para afastar o sedentarismo. Vale lembrar que o ambiente familiar exerce grande influência: quando pais e responsáveis adotam hábitos saudáveis e envolvem toda a família, as chances de sucesso aumentam significativamente. A educação nutricional, desde cedo, ensina as crianças a fazerem escolhas melhores e a entenderem a importância da atividade física.
Outro ponto importante é o acompanhamento médico regular, que permite identificar fatores de risco e orientar mudanças de hábitos. Em alguns casos, o apoio psicológico pode ser fundamental para lidar com questões emocionais ligadas ao peso, especialmente em crianças e adolescentes. O programa Levemente da Cabergs, por exemplo, é uma iniciativa 100% online que oferece 24 meses de acompanhamento com profissionais de psicologia, nutrição e endocrinologia, visando auxiliar os beneficiários a transformarem seus hábitos com orientação profissional. Saiba mais sobre o programa clicando aqui.
Portanto, a prevenção da obesidade infantil e adulta depende da combinação entre alimentação equilibrada e prática regular de atividade física, aliados a um ambiente familiar saudável. Esses hábitos não só reduzem o risco de doenças, mas também promovem qualidade de vida e bem-estar em todas as fases da vida. Que tal começar hoje mesmo a adotar hábitos mais saudáveis e incentivar quem está ao seu redor? Cuidar da saúde é um ato de amor próprio e coletivo. Compartilhe este conteúdo e ajude a promover uma vida mais leve e saudável!