As consequências da tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul vão além da destruição de lares, locais de trabalho e da mudança repentina e abrupta da vida de milhares de pessoas. Tanto nos BLOGs como no ComuniCabergs abordamos os riscos que tudo isso pode acarretar para a saúde das pessoas, como o cuidado ao ter contato com a água e a lama e os perigos enfrentados ao retornar ao lar. Abordamos agora uma outra parte muito importante que pode ter sido severamente afetada: a saúde mental!
Todas as pessoas diretamente atingidas, as que atuaram nos resgates, abrigos e em outras muitas funções, e até mesmo os gaúchos que não estão nas cidades afetadas experimentaram um turbilhão de emoções. É sobre esse tema que a psicóloga e doutoranda em Psicologia Mariana Stinieki falou ao podcast Conversa Cabergs.
Segundo Mariana, a ansiedade, a depressão e até mesmo a síndrome de burnout (esgotamento profissional) podem surgir ou se intensificar nesses momentos que estamos vivendo. A psicóloga ressalta, no entanto, que parte do tratamento pode ser realizado utilizando a própria catástrofe. ¿Em relação aos profissionais de saúde e aos voluntários, falamos muito na satisfação por compaixão, oriunda de todo o tipo de trabalho que envolve o cuidado com o outro e que proporciona muita satisfação em cuidar de outra pessoa¿, afirmou Mariana.
A psicóloga também aborda a ambivalência emocional, ressaltando que é necessário separar os sentimentos. ¿Estar feliz em ajudar, estar feliz por situações que trouxeram conforto para outra pessoa, dentro de uma realidade em que ela perdeu tudo, é totalmente normal.Ter momentos felizes não desvaloriza estar triste por tudo que está acontecendo¿, destacou.
Confira a entrevista na íntegra clicando aqui.