A data mundial dedicada a abordar a síndrome de Down - SD é o dia 21 de março. Este dia foi escolhido justamente para simbolizar a trissomia do cromossomo 21 (representado pela data 21/3), que é a característica genética da síndrome. Esse dia especial tem como objetivo conscientizar a sociedade, incentivar ações de inclusão social e garantir respeito e oportunidades iguais às pessoas com SD.
A síndrome foi descrita pela primeira vez em 1866 pelo médico inglês John Langdon Down, que identificou características comuns entre indivíduos que apresentavam a condição. A primeira pessoa oficialmente reconhecida com síndrome de Down foi descrita por ele nesse mesmo ano, iniciando a trajetória histórica para maior entendimento e inclusão dessas pessoas.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a incidência global da SD é estimada em aproximadamente 1 para cada 1.000 nascimentos. No Brasil, conforme dados do Ministério da Saúde, a cada ano nascem cerca de 3 mil crianças com síndrome de Down, destacando a relevância de políticas públicas e ações sociais direcionadas ao suporte das famílias e pessoas com a condição.
Nas últimas décadas, houve avanços significativos na compreensão da SD. Pesquisas realizadas por instituições como o Hospital Israelita Albert Einstein e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostram que, embora a síndrome não tenha cura, a intervenção precoce e terapias especializadas podem melhorar substancialmente a qualidade de vida das pessoas com Down. Entre as abordagens terapêuticas mais eficazes destacam-se a fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia e acompanhamento psicológico.
A Cabergs entende que a abordagem multidisciplinar, inclusive recomendada pela OMS e pelo Ministério da Saúde, possibilita desenvolver ao máximo o potencial físico, intelectual e emocional das pessoas com síndrome de Down. Além disso, a inclusão educacional e social desempenha papel fundamental, proporcionando autonomia, desenvolvimento de habilidades sociais e maior participação comunitária. Em 2016 entrevistamos a funcionária do Banrisul Janeci Lazzari, sobre seu filho Gabriel. Vale a pena conhecer a história dele, que segue ativamente como voluntário lutando por políticas públicas e uma educação mais inclusiva. No ano passado, o Gabriel foi até Brasília, onde participou do Seminário 30 anos da Declaração de Salamanca.
Uma pessoa com SD deve ser tratada com respeito, naturalidade e paciência. Valorizar suas capacidades, reconhecer suas conquistas e estimular sua autonomia são atitudes que fortalecem vínculos positivos. Além disso, é importante comunicar-se de maneira clara e afetiva, oferecendo apoio constante e celebrando cada progresso alcançado.
Esta data mundial é uma oportunidade essencial para ampliar o debate sobre a inclusão, combater preconceitos, disseminar conhecimento e carinho para uma sociedade mais justa e igualitária.